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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Projeto de Leitura Prazer em Conhecê-lo








Alunos do 3º ano da EMEF Prof. Francisco Dias Negrão se reuniram nesta sexta-feira, dia 12/11 para uma belíssima apresentação cultural. Com a companhia de escritores Ourinhenses, os alunos fizeram perguntas aos mesmos sobre a "o que escrever, como escrever e curiosidades sobre o ofício de escritor; também ouviram dos representantes da boa leitura considerações acerca do prazer pelo ato de ler e sobre a importância da leitura na formação dos indivíduos. Os alunos se mostraram encantados e curiosos com as observações e as falas dos escritores, após uma releitura da peça Capeuzinho Vermelho apresentada pelos professores da Unidade Escolar, encenaram uma apresentação teatral e musical. Parabéns aos professores e a equipe gestora da EMEF Prof. Francisco Dias Negrão. É a Rede Municipal de Ourinhos formando jovens leitores!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Feitiço da Vila

Educação Canal de Transformação

Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro

Educação é Tudo! Educar ... por Rubem alves

Recordo-te Como Eras ... PABLO NERUDA - POEMA É muito gratificante saber que podemos tocar almas de pessoas sensíveis a uma boa música!

Morrer Lentamente de Pablo Neruda

Aqui Te Amo - Pablo Neruda (Poema 18)

Julio Cortazar - Parte II de IX

Julio Cortazar - Parte I de IX

Trajetória da Literatura Brasileira Essencial

Machado de Assis - Desenho animado sobre a vida do mestre da literatura ...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dica de Leitura: "Lis no peito", Jorge Miguel Marinho

"Lis no peito: o livro que pede perdão", do Jorge Miguel Marinho (Ed.Biruta)

Nesta obra, o autor discorre acerca do amor entre jovens, da felicidade de adiar um primeiro beijo tendo a certeza de que ele vai acontecer, de delicadezas e violências que são tão presentes no mundo de quem quer se descobrir. Há um crime, imperdoável talvez, e o possível criminoso pede para um escritor amigo escrever a sua história porque ele mesmo não consegue entender se é culpado ou não. Precisa de outros olhos para ser condenado ou absolvido, sobretudo para continuar a viver. É aí que o leitor entra e, mesmo em silêncio, se vê responsável e seduzido para dar o seu veredicto final. O livro dialoga com o leitor, o conduz para dento das suas páginas e com ele dá um fim à sua história. Em síntese, o desfecho se dá com o encontro da mão que escreve com os olhos do leitor. Vale a pena conferir!

sábado, 16 de outubro de 2010

Dia dos Professores



O Dia dos Professores foi comemorado em grande estilo em Ourinhos. A Secretaria Municipal de Educação ofereceu a todos os docentes da Rede um jantar em homenagem aos educadores. Parabéns professores, equipe técnica e pedagógica da SME, parabéns a todos os gestores e demais profissionais que contribuem para que a Educação na Rede Municipal de consolide.
Parabéns Prof. Paulo Henriques Chíxaro, Secretário Municipal de Educação e sua Assessora, Coordenadora de Educação, Profa. Mércia.  

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Boas Práticas: Vamos Cair no Conto … Literário

Vamos cair no Conto!
  
Negócio de menino com menina
Ivan Angelo

 O menino, de uns dez, onze anos, pés no chão, vinha andando pela estrada de terra da fazenda com a gaiola na mão. Sol forte de uma hora da tarde. A menina, de uns nove, dez anos, ia de carro com o pai, novo dono da fazenda. Gente de São Paulo. Ela viu o passarinho na gaiola e pediu ao pai:
- Olha que lindo! Compra pra mim?
O homem parou o carro e chamou:
- Ô menino.
O menino voltou, chegou perto, carinha boa. Parou do lado da janela da menina. O homem:
-Esse passarinho é pra vender?
-Não senhor.
O pai olhou para a filha com uma cara de deixa pra lá. A filha pediu suave, como se o pai tudo pudesse:
-Fala pra ele vender.
O pai, mais pata atendê-la, apenas intermediário:
- Quanto você quer pelo passarinho?
-Não tou vendendo não senhor.
A menina ficou decepcionada e segredou:
-Ah, pai, compra.
Ele não considerava, ou não aprendera ainda que negócio só se faz quando existe um vendedor e um comprador. No caso, faltava o vendedor. Mas o pai era um homem de negócios, águia da Bolsa de valores, acostumado a encorajar os mais hesitantes ou a virar a cabeça dos mais recalcitrantes:
- Dou dez.
- Não senhor.
- Vinte. - Vendo não.
O homem meteu a mão no bolso, tirou o dinheiro, mostrou três notas, irritado.
- Trinta! - Não tou vendendo não senhor.
O homem resmungou "que menino chato" e falou para a filha:
- Ele não quer vender. Paciência.
A filha, baixinho, indiferente às impossibilidades da transação:
- Mas eu queria. Olha que bonitinho.
O homem olhou a menina, a gaiola, a roupa encardida do menino, com um rasgo na manga, o rosto vermelho de sol.
-Deixa comigo.
Levantou-se, deu a volta, foi até lá. A menina procurava intimidade com o passarinho, dedinho nas gavetas da gaiola. O homem, maneiro, estudando o adversário:
-Qual o nome desse passarinho?
-Ainda não botei nome nele não. Peguei ele agora. O homem, quase impaciente:
-Não perguntei se ele é batizado não, menino. É pintassilgo, é sabié, é o que?
- Aaaah. É bico-de-lacre.
A menina, pela primeira vez, falou com o menino: -Ele vai crescer?
O menino parou os olhos pretos nos olhos azuis.
-Cresce nada. Ele é assim mesmo pequenininho.
O homem: -E canta?
-Canta nada. Só faz chiar assim.
-Passarinho besta, hein?
-É. Não presta pra nada, é só bonito.
-Você pegou ele dentro da fazenda?
-É. Aí no mato.
-Essa fazenda é minha. Tudo que tem nela é meu.
O menino segurou com mais força a alça da gaiola, ajudou com a outra mão nas grades. O homem achou que estava na hora e falou já botando a mão na gaiola, dinheiro na outra mão:
-Dou quarenta, pronto. Toma aqui.
-Não senhor. Muito obrigado.
O homem, meio mandão:
-Vende isso logo, menino. Não ta vendo que é pra menina?
-Não, não tou vendendo não.
- Cinqüenta! Toma aqui! - e puxou a gaiola.
Com cinqüenta se comprava um saco de feijão, ou dois pares de sapatos, ou uma bicicleta velha.
O menino resistiu, segurando a gaiola, voz trêmula: -Quero não senhor. Tou vendendo não.
-Não vende por quê, hein? Por quê?
O menino acuado, tentando explicar:
-É que eu demorei a manhã todinha pra pegar ele e tou com fome e com sede, e queria ter ele mais um pouquinho. Mostrar pra mamãe.
O homem voltou para o carro, nervoso. Bateu a porta, culpando a filha pelo aborrecimento.
-Viu no que dá mexer com essa gente? É tudo ignorante, filha. Vam'bora.
O menino chegou pertinho da menina e falou baixinho, para só ela ouvir:
- Amanhã eu dou ele pra você.
Ela sorriu e compreendeu.

Impressões de leitura: O que o título do conto sugere?

No decorrer de uma leitura, é possível perceber que toda narrativa história narrada
possui elementos fundamentais, sem os quais não poderia existir e que responderiam às seguintes questões:
O que aconteceu?
Quem viveu os fatos?
Como?  Onde?  Quando?

Em outras palavras, toda narrativa se estrutura sobre cinco elementos:
enredo ou tema, personagens, narrador, espaço e tempo.
Há várias formas de se narrar uma história e o conto é uma delas.
O conto é, portanto, um acontecimento que, muitas vezes, existe apenas na imaginação do escritor. O
escritor dá voz ao narrador - O escritor não é personagem – isso apenas acontece quando lemos a sua 

biografia. Divertida ou triste, real ou imaginária – a história pode ser baseada em fatos reais.
O conto é uma narrativa breve, bem mais curta que o romance; geralmente, a história se concentra em um único episódio, envolvendo poucos personagens, um único ou poucos ambientes. Já no romance,
acontecem várias tramas paralelas. Ex: novela.
Assim, o conto é o retrato de um acontecimento marcante na vida dos personagens.

Título da obra: Pode me beijar
se quiser; Autor: Ivan Angelo Editora Ática, 1997

Título do Conto: Negócio de menino com menina
Ivan Angelo nasceu em Barbacena – MG em1936. Publicou o seu primeiro
livro Duas faces,no ano de 1961. Além de escritor é jornalista; o conto Negócio de menino com
menina foitambém publicado nas obras: O ladrão de sonhos e outras
histórias  e De conto em conto.






terça-feira, 5 de outubro de 2010

"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA", por Olavo Bilac


"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"


A expressão "Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim. O termo inculta fica por conta de todos aqueles que a maltratam (falando e escrevendo errado), mas que continua a ser bela.

LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!


OUTROS textos e POEMAS SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie - nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.

Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.
Não choro por nada que a vida traga ou leve. Há porém páginas de prosa que me têm feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noite em que, ainda criança, li pela primeira vez numa selecta o passo célebre de Vieira sobre o rei Salomão. "Fabricou Salomão um palácio..." E fui lendo, até ao fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas, felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das ideias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais - tudo isso me toldou de instinto como uma grande emoção política. E, disse, chorei: hoje, relembrando, ainda choro. Não é - não - a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfónica.
Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa . Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.

["Livro do Desassossego", por Bernardo Soares. Vol. I, Fernando Pessoa.]


SONETO À LÍNGUA PORTUGUESA
(Publicado no Livro Gota de Orvalho, de Waldin de Lima, poeta gaúcho, no ano de 1989)

Havia luz pela amplidão suspensa
no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...

Era um castelo de ouro, amor e crença,
que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...

A virgem era a Língua portuguesa,
a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!

Donzela meiga que, deixando o Lácio,
abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Boas Práticas Pedagógicas - Atividade Proposta: Crie a sua Fábula

Após a leitura de uma Fábula e a exploração dos elementos que a compõem, sugira a criação de uma Fábula.

Lembre-se:
  • Toda Fábula tem um nome;
  • Toda Fábula tem animais como personagens;
  • Crie os personagens;
  • Dê nome a eles;
  • Esses personagens representam seres humanos, logo são antropomorfizados, ou seja, agem como seres humanos;
  • Estabeleça diálogos curtos;
  • Toda Fábula tem uma moral.

Sugestões:
  • Era uma vez ...
  • Todos os dias ...
  • Certa vez ... Certo dia ...
  • Um belo dia ...
  • No dia seguinte ...
  • Finalmente ...
  • E, por fim ...
  • Afinal, ...
Boa leitura!!!


O escritor Mário Prata ressalta que "[...] não existe nada melhor do que inventar ... criar histórias". 

Selma Cristina Freitas Pupim

domingo, 26 de setembro de 2010

Há sempre um copo de mar para o homen navegar!

A 29ª Bienal de Arte é uma das instituições culturais mais importantes do mundo. Sua relevância e impacto no desenvolvimento das artes plásticas brasileiras são reconhecidos internacionalmente. A  exposiição tem por objetivo estabelecer instrumentos para a internacionalização da arte contemporânea brasileira. O Programa Brasil Arte Contemporânea prevê um amplo leque de ações que serão implementadas por meio de convênios a serem firmados com instituições públicas, bem como entidades de direito público e privado. Desse modo, a Bienal contribui para o desenvolvimento e a valorização da cultura nacional, ampliando, assim, seu compromisso com a sociedade. E nós, professores e coordenadores da Rede Municipal de Ourinhos estivemos presente na 29ª Bienal de Arte para prestigiar o tão importante evento.


Selma Cristina Freitas Pupim

Boas Práticas Pedagógicas: Estratégias de Leitura


“A Hora da Leitura deverá ser um momento de lazer,
um momento agradável, de descontração”

“A leitura é um instrumento privilegiado na construção de conhecimentos, toda leitura enriquece”

·        Formular previsões sobre o texto a ser lido
·        Formular perguntas sobre o que foi lido
·        Esclarecer possíveis dúvidas sobre o texto
·        Resumir as idéias do texto - interpretação

Isso se resume em:
·       Antes, durante e depois da leitura – toda leitura deve ser planejada

Leitura compartilhada: professor e alunos devem ler o texto, primeiramente em silêncio e depois em voz alta;
Em seguida faz-se um resumo (oral) do que foi lido e esclarecimentos do que foi lido;

Exemplo: Conto “Violino Cigano”

     Antes da leitura   (ler as entrelinhas – análise das saliências grafo-visuais)

1.     Anotar no caderno nome e autor do conto
2.     Quem pode explicar o que é “um conto”?
3.     O que o título sugere? Do que vocês acham que este texto vai tratar?
4.     Quem escreve, homem ou mulher?
5.     O que você sabe sobre “ciganos”?

Durante a leitura – (ler as linhas)


1.     Atenção na narrativa – assumir um papel ativo na leitura;
2.     Personagens;
3.     Espaço – local em que se passa a história;
4.     Tempo – época, duração da história;
5.     Vocabulário – anotar no caderno as palavras desconhecidas

Pós – leitura – (ler por trás das linhas)

1.     Conversa sobre o texto;
2.     O que você sabia sobre contos?
3.     O que você aprendeu ao ler o conto?
4.     Faça um resumo do conto (10 linhas);
5.     Quantos personagens tem no conto?
6.     Cite as características físicas e psicológicas de cada uma delas;
7.     Você ficou satisfeito com o final da história ou daria um outro final?

Reflexão

     Qual é a mensagem que podemos tirar do conto?
         R – O conto nos mostra que o ser humano é capaz das maiores atrocidades em benefício próprio, que a verdade sempre vem à tona e os opostos do sentimento: o amor da mãe que  renuncia a própria vida pela filha e a inveja da irmã que chega a matar.
      

“A leitura nos enriquece e de toda leitura se tira algum proveito”

Selma Cristina Freitas Pupim