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Congressos e Eventos

Oficina Centralizada Projeto AFT/ Brasil

A segunda Oficina Centralizada do Projeto Aula Fundação Telefônica, ministrada pela equipe da Ação Educativa deste ano foi realizada, nos dias 04 e 05 de outubro, em Ourinhos. Estiveram presentes no encontro os formadores da Ação Educativa Paulo Neves e Luis Felipe Serrão, gestores, professores dinamizadores, Equipe Técnica da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria da Assistência Social.
O encontro teve por objetivo uma reflexão sobre o andamento do projeto, bem como a apresentação das análises dos planos de ações realizados pelas escolas e dos relatos das visitas realizadas pela formadora local, profa. Cíntia  Herrera Costa Iamaguti.
Após um debate realizado, a equipe escolar pode constatar os avanços até o momento e a reflexão em torno dos planos de ação resultará na efetivação do Projeto Político Pedagógico das Unidades Escolares, além disso, promover o desenvolvimento de valores e práticas inclusivas que garantam a atenção educativa para todos os estudantes. A troca de experiências entre as Unidades Escolares, no que refere às ações propostas pelo plano de ação  também resultou em importantes reflexões.
O Projeto AFT proporciona ainda a inovação pedagógica para uma educação de qualidade orientada a criar oportunidades reais de futuro para crianças e adolescentes em risco ou em situação de trabalho infantil, além de proporcionar assessoramento e dinamização dos educadores das instituições de ensino no uso das TIC, bem como, a inovação pedagógica são algumas das ações que o projeto oferece.


Encontro Literário - Desenvolvendo o comportamento leitor "O Sabor de um Concerto de Leitura"

Ler é conhecer e construir uma concepção de mundo, é ser capaz de compreender, analisando e posicionando-se criticamente frente às informações colhidas. A leitura permite exercer, de forma mais abrangente e complexa, a própria cidadania."




  
                                Profa. Blanca-Ana Roig Rechou (Espanha) e José Antònio Gomes (Portugal)
 

                                Prof. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP/ASSIS)

                  Profa. Lia Cupertino Duarte Albino (FATEC/OURINHOS) e esposo

O I Congresso Internacional do Grupo de Pesquisa Leitura e Literatura na Escola, com o tema “Juventude e Letramento Literário” foi realizado no período de 19 a 21 de agosto do corrente ano, na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Assis. O evento contou com uma expressiva presença de autores, literários, professores e educadores do Brasil e de países como a Colômbia, Espanha e Portugal.
O evento foi organizado por João Luís Cardoso Tápias Ceccantini, professor de Literatura Brasileira daquela Universidade. Além de especialista em leitura, formação de leitores e literatura infanto-juvenil, o professor Ceccantini desenvolve projetos de formação literária, ancorados na proposta de discutir as relações entre literatura e a formação do leitor, assim como o letramento literário.
A palestra de abertura, proferida pelo professor Carlos Erivany Fantinati, professor emérito da UNESP/Assis, abordou como tema os “20 anos de História do Grupo de Pesquisa “Leitura e Literatura na Escola”. O palestrante advertiu acerca da importância do grupo de pesquisa para a formação de leitores. Segundo Fantinati, o Prêmio Jabuti 2009, que premiou a obra Monteiro Lobato: livro a livro (2009), organizado por João Luís Cardoso Tápias Ceccantini e Marisa Lajolo veio consolidar os estudos do grupo e a importância desses para a formação de leitores.
Sob esse aspecto, muito se tem debatido, sobre a relevância da leitura no cotidiano escolar. Entretanto, percebe-se que inúmeras dificuldades têm sido encontradas neste espaço para que a efetivação das práticas de leitura possibilite a formação de leitores.  De igual forma, um dos questionamentos mais frequentes na educação brasileira refere-se à deficiência da capacidade leitora dos alunos do ensino fundamental e a problemática relacionada à ausência da competência leitora de uma grande parte dos alunos brasileiros é decorrente da precariedade do repertório de leitura desses jovens, representando um dos grandes entraves ao bom desempenho escolar.
Não se pode negar que a leitura de textos literários para crianças passa, predominantemente, pela escola e isso pressupõe a importância da escola para a descoberta das práticas de leitura. A esse respeito, manifesta-se também o influente papel exercido pelo mediador, bem como sua formação leitora para despertar e estimular um sujeito leitor capaz de se situar com criticidade na contemporaneidade.
Dentre os palestrantes, estiveram presentes no evento a Profa. Eliana Yunes, Cátedra de Leitura da UNESCO, refletindo acerca da Literatura juvenil: um gênero em questão, Silvia Castrillón, da Associação Colombiana de Leitura e Escrita, os escritores de obras infanto-juvenis, Ricardo Azevedo e Vera Teixeira de Aguiar, a professora Blanca-Ana Roig Rechou, de Santiago de Compostela, Espanha que discorreu acerca da Educação Literária na narrativa infanto-juvenil galega, dentre outros. Ao ressaltar o caráter educativo da escola, os palestrantes advertiram sobre a necessidade de inserir a leitura literária como componente educador da criança e do jovem leitor,e a escola como disseminadora da leitura com o compromisso de formar leitores para além do contexto escolar.
O encerramento se deu no dia 21 com a significativa contribuição do autor e poeta português, José António Gomes, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, que concluiu os trabalhos com o tema Poesia para a infância e a juventude em Portugal: velhos e novos caminhos. O poeta lembrou a importância dos clássicos para a formação literária e finalizou: “A melhor forma de promover a leitura é a leitura em voz alta. É um ato de respeito e amor à língua capaz de seduzir o leitor”.



Festival da Mantiqueira 2009


São Francisco Xavier, o charmoso distrito de São José dos Campos, respira literatura durante os três dias do Festival. Escritores consagrados ficam bem próximo de seus leitores para conversar sobre um assunto que os une: o amor à literatura. A Secretaria de Estado da Cultura promove este encontro durante o Festival da Mantiqueira - Diálogos com a Literatura, que se realiza anualmente. Nestes três dias, os autores falam de suas obras, debatem com o público, autografam livros e muito mais.

Concurso Festival da Mantiqueira

“Por que você quer participar do II Festival da Mantiqueira – Diálogos com a
Literatura?”

A resposta deve ser breve e concisa.

Resposta:

Considerando a relação dialética entre a produção e a recepção da obra literária, a participação no II Festival da Mantiqueira – Diálogos com a Literatura  propõe uma vivência crítica de diferentes tipos de textos tendo em vista a leitura e o ensino da literatura. A partir dessa experiência, espera-se selecionar conceitos essenciais da teoria e história literária, adequá-los às condições de recepção literária em sala de aula e, como mediador de leitura, ser capaz de dialogar com as necessidades do leitor em formação. Com isso, construir perspectivas de leitura que alimentem no aluno o interesse pela literatura como objeto estético e como forma de conhecimento pessoal, social e histórico.


                                  Ignácio de Loyola Brandão
                                   Marisa Lajolo
                                              José Serra

O município de Ourinhos esteve representado no II Festival da Mantiqueira - Diálogos com a Literatura pela Profa. Selma Cristina Freitas Pupim, responsável pelo Espaço do Professor.
Autores, professores, estudantes e leitores reuniram-se nos dias 29, 30 e 31 de maio, no distrito de São Francisco Xavier, a 138 km de SP.  A cidade recebeu em torno de cinco mil visitantes e ainda, neste ano, a equipe de produção do Festival promoveu um concurso em que 30 professores foram selecionados, dentre os quatro mil inscritos.
Realizado com sucesso pela primeira vez em 2008, o Festival de Literatura da Mantiqueira faz parte de uma série de eventos criados pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e, por meio da literatura, da música e da arte estimulam o gênero literário em diversas modalidades.
Dessa forma, a divulgação de obras e autores se faz presente a partir do diálogo com escritores, das manifestações da cultura popular, das apresentações musicais, contribuindo para o estímulo à criação literária. Autores como Luis Fernando Veríssimo, Ignácio de Loyola Brandão, Marisa Lajolo, Nilton Bonder, Cristovão Tezza, Flávio Carneiro, Anna Claudia Ramos, entre outros conversaram com leitores sob as tendas instaladas no centro da cidade.
Em uma das palestras do evento, a escritora Marisa Lajolo conversou com o seu público sobre a obra "Monteiro Lobato: livro a livro". A autora possui Mestrado e Doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada, sob orientação de um dos maiores críticos literários, professor Antonio Candido.  Atualmente é professora das Universidades Mackenzie e Estadual de Campinas. Suas pesquisas atuam nas áreas de história da leitura, literatura infanto-juvenil e Monteiro Lobato.       Ao encerrar sua palestra agradeceu a presença da professora de Ourinhos Selma, pelo comparecimento que, segundo a autora, "é companheira de viagens do mundo da leitura" e como ex-aluna do Professor João Luís Ceccantini, também organizador da obra "Monteiro Lobato: livro a livro", em destaque no evento.
A programação do Festival incluiu também oficinas exclusivas para professores, estudantes universitários e profissionais de bibliotecas, além de atividades para crianças e shows musicais. Destaque especial para a oficina Motivação de Leitura. O escritor português de “Equador” e “Rio das Flores” foi o centro das atenções em “Conversando com Miguel Sousa Tavares”.
A professora Selma, da Rede Municipal de Educação de Ourinhos, participou das oficinas de "Motivação de Leitura", realizadas durante os três dias do evento e comandadas pela escritora Anna Claudia Ramos, autora de obras de Literatura infanto-juvenil.
Flávio Carneiro

O autor Flavio Carneiro nasceu em Goiânia no ano de 1962 e mudou-se para o Rio de Janeiro no início dos anos 80. É escritor, crítico literário, roteirista e professor de Literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Publicou doze livros, além de escrever roteiros para cinema. Com várias premiações literárias, recebeu com o romance A distância das coisas, o prêmio de Altamente Recomendável para o Jovem, no corrente ano.
O escritor conquistou o público jovem com suas narrativas altamente bem-humoradas, concentra seus trabalhos no realismo fantástico, tendo o autor Murilo Rubião como objeto de estudo e pesquisa. Flavio Carneiro esteve presente no II Festival de Literatura da Mantiqueira para dialogar sobre sua mais recente obra A Confissão. O romance é narrado por um homem que sequestra uma mulher e a leva para uma casa numa praia deserta. Ali, ele a amarra a uma poltrona e diz que precisa lhe contar uma longa história. Aos poucos, vamos sabendo que se trata de uma história de amor, medo e muitas surpresas, na qual a mulher sequestrada desempenha um importante, e inusitado, papel.  Em A confissão, Flávio Carneiro retorna ao fantástico (tão presente em seu primeiro livro), escrevendo cada palavra sobre a linha finíssima que separa sanidade e loucura, realidade e fantasia.  O narrador, anônimo, é um homem com muitas histórias para contar. Na impossibilidade de narra-las todas, vai recortando cenas e montando-as num relato sinuoso, labiríntico, dentro do qual cada aparente desfecho é apenas a porta de entrada para uma nova história.
O leitor acompanha passo a passo as aventuras deste sedutor um tanto atípico, que parece querer ao mesmo tempo atrair e amedrontar a mulher que tem diante de si.  E assim como a mulher ouve com ansiedade o relato de seu sequestrador - querendo saber, afinal, por que está naquela casa e qual o seu destino -, também o leitor é, de certa forma, capturado.  Com um ritmo ágil, A confissão transporta o leitor para dentro da mente de um homem atormentado, sedento por retomar o controle de suas próprias experiências. De sua tentativa, resulta um romance forte, delicado, surpreendente. 
O Festival marcou as atividades dedicadas à literatura, com a presença do governador do Estado de São Paulo, José Serra que cumprimentou os professores selecionados pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Em especial, parabenizou o município de Ourinhos pelo excelente desempenho na Educação, ao se classificar em primeiro lugar, superando as metas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação. O Secretário de Estado da Cultura, João Sayad, também esteve no evento encerrando o debate entre escritores e público.
A Prefeitura de Ourinhos apóia a capacitação dos profissionais da Rede Municipal, pois acredita que os professores poderão usufruir das informações e dos conhecimentos que serão partilhados no Espaço do Professor, local atribuído para encontro e troca de experiências.