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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Alunos de superior em tecnologia encontram mercado aquecido

PATRÍCIA GOMES DE SÃO PAULO
Quem opta por fazer um curso tecnológico tem pela frente, ao final de três anos, um diploma de curso superior e um mercado ávido para absorver os formandos. A demanda do mercado explica, em parte, a alta de 135% em seis anos no total de cursos de tecnologia oferecidos nos institutos federais. Nas instituições particulares, que concentram mais de 80% das vagas, o crescimento foi ainda mais expressivo: 800% no mesmo período. Segundo Francisco Borges, diretor acadêmico da Veris Faculdades, pela natureza prática do curso, os formandos dos superiores em tecnologia são disputados em momentos de retomadas econômicas, como o atual. "O aluno não é necessariamente mais velho, mas é alguém que foi para a educação profissional, que conhece a área de atuação." Aos 23 e formado em sistemas para internet, Pedro Teixeira já montou um negócio de vendas pela internet, foi descoberto por uma grande empresa de tecnologia da informação, mudou de emprego e comemora o fim da pós. Sobre a sua opção de não fazer um bacharelado, justifica: "Procurei um curso que me desse uma formação bem focada no que eu queria". No ensino médio, Pedro estudou informática em um curso técnico -formação comum entre os alunos dos cursos superiores tecnológicos.

Folha de São Paulo, 15/09/2010 - São Paulo SP
Unicamp cria curso sequencial para estudante de escola pública
DE SÃO PAULO - O Conselho Universitário da Unicamp aprovou, na semana passada, o Profis (Programa de Formação Interdisciplinar Superior). Pelo programa, os 120 alunos das escolas públicas de Campinas com melhores notas no Enem poderão, a partir de 2011, fazer um curso de dois anos de formação interdisciplinar na universidade. No período, os alunos terão aulas de disciplinas como matemática, português ou ainda ética e primeiros socorros. Ao fim do curso, os alunos que quiserem poderão ingressar, sem vestibular, nos cursos da Unicamp. A prioridade na ocupação das vagas se dará aos com melhor desempenho durante o programa.

As vagas que os cursos de graduação oferecerão para o Profis foram criadas especialmente para o programa e não estarão no vestibular tradicional. Medicina, por exemplo, vai oferecer duas vagas extras aos egressos do Profis. Quem optar por não continuar os estudos terá um certificado de curso sequencial de formação superior, algo que, segundo Marcelo  Knobel, pró-reitor de graduação, é inédito no Brasil. "Esse modelo é muito comum no exterior, mas não tem aqui", diz. De acordo com o pró-reitor, o Profis vai melhorar a formação dos bons alunos das escolas públicas. "O programa vai beneficiar alunos da escola pública que têm potencial para se desenvolver, mas se auto-excluíam do vestibular." Ainda segundo Knobel, o programa passará por avaliações constantes e poderá incluir escolas públicas de fora de Campinas através de parcerias com outras universidades.
 
Disponível em: <Folha de São Paulo, 15/09/2010 - São Paulo SP>. Acesso em 15-09-2010.

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