Total de visualizações de página

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nossa língua, nossa pátria


O uso da língua varia segundo a época, a região, a classe social, a idade, o grau de escolaridade, entre outros. A maneira como falamos ou escrevemos varia em função da pessoa a quem nos dirigimos e do tipo de relação, formal ou informal, exigida pela situação. A isso se atribui a adequação à linguagem.
De acordo com os PCNs, a discriminação de algumas variedades linguísticas, tratadas de modo preconceituoso, expressa os próprios conflitos existentes no interior da sociedade. É importante que o aluno, ao aprender novas formas lingüísticas, entenda que todas as variedades são legítimas e próprias da cultura humana.  Como os exemplos abaixo, que representam a linguagem de grupos específicos.

Exemplos de linguagem regional:

Receita de mineirim ....

Aqui vai uma receitinha "cazera minera"  de
moi de repoi no ai e oi!

O trem é bao messss!

Ingredienti:
5 denti di ai
3 cuié di oi
1 cabeça de repoi
1 cuie di mastomati
sar  agosto

 Modifazê  ou  
Mé qui fais:

* casca o ai, pica o ai i soca o ai cum sar
* quenta o oi na cassarola
* foga o ai socado no oi quenti
* pica o repoi beeeeemmmmm finin
* foga o repoi no oi quenti junto com o ai fogado
* poim a mastomati i mexi cum a cuié pra fazê o moi
ficuma delicia cum melete!

                                         

        RECEITA CAIPIRA

Sapassadu, taveu na cuzinha tomanu uma pincumel e cuzinhanuo um kidicarne cumastumate pra modi fazê uma macarronada cum galinhassada. Aí, quascaí de sustu quanduvi um barui vindi dendufornu parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. Aí, u fornisquentô, u mistorô e u fiofó da galinhispludiu! Nossinhora! Fiquei branquinein um lidileiti. Foi um trem doidimais. Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, noncotô, proncovô... Ópcevê quilocura! Graçadeus ninguém semaxucô!

                         Linguagem dos Manos

Mano não vai embora – vaza.
Mano não briga – arranja treta 
Mano não vai em festa – vai pra balada
Mano não bebe - chapa o coco
Mano não cai - capota
Mano não entende - se liga
Mano não fuma - dá uns pega
Mano não passeia - dá um rolê
Mano não come - ranga
Mano não entra - cai pra dentro
Mano não mata - destrói
Mano não fala - troca idéia
Mano não dorme - apaga / capota 
Mano nunca tá apaixonado - tá a fim / envorvido
Mano não namora - dá uns cata
Mano não mente - dá um migué
Mano não ouve música - curte um som
Mano não se dá mal - a casa cai
Mano não acha interessante - acha irado / bem loco
Mano não tem amigos - tem uns camarada
Mano não mora em bairro - se esconde nas quebrada
Mano não vai para o Guarujá - cai pro litoral
Mano não tem namorada - tem mina
Mano não faz algo legal - faz umas parada firmeza
Mano não namora a mina de outro - fura o zóio do otário
Mano não anda em alta velocidade - deita o cabelo
Mano não é gente - é mano 
E para finalizar: "Sangue na veia de mano não corre - tira racha".

Convém lembrar que, as línguas sobrevivem mudando continuamente e as transformações sofridas pela língua portuguesa são uma prova de sua força. No decorrer do tempo, as línguas que não inovaram foram substituídas por outras. Há, contudo, os que subestimam as forças vivas da língua e querem parar o processo de sua evolução, apegam-se ao passado, não estudam e não acompanham o progresso da ciência.
 Se compararmos duas diferentes épocas, veremos que a língua passa por transformações ao longo do tempo, e isso pode ser comprovado por meio da imprensa. Nos exemplos abaixo, podemos observar que as reportagens atuais acompanham os “modismos” da publicidade, já nas do jornal da década de 40, em anexo, não se percebe a presença de palavras estrangeiras nas reportagens e nos textos publicitários, mas podemos perceber as mudanças que ocorreram nas regras ortográficas. O exemplo abaixo é uma prova disso, afinal a língua é viva!


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário